Edição Do Domingo, 23 De Março De 1980, Página 3
ALISIA DOMINGO,23DEMARZODE1980III cinquenta anos de idade e um passado nocivo: Steve Mcüueen, a frustração de um rebelde, por Lluís Bonet Mojica1 Questionário P! Sem cor bata. Ojeroso. Naquele dia, Sua mulher lhe tinha “gerido” uma camisa xadrez, verbo que eu jamais empregaria, porém que ele o usa pra aquele caso concreto. Terno de flanela clara, super bem cor tado.
Cachecol de lã, que o usa como enfeite de mesa, pra doar-lhe abrigo. Pele cetrina. Muito é – lhe pesa iria crescer a barba, por causa de mesmo sendo evidente que vai muito bem apurado, tem todo um sombreamento considerável. Ojillos negros, garotas, vivarachos,. Lábios bembones. bientecillos como a neve, e os in cisivos meios bastante recorta duas a circunstância, com toda certeza, de alguma travessura de no momento em que moço.
Com um direito menosprezo, a todo o momento fica elegante; por ventura teme que comparecer atildado parece l secretário-geral de um partido de direita mais engalanada. Será que é a juventude que tem legal entrada? Talvez. Será que o leve “asento andalú” que re – ulta atraente no momento em que fala? É possível. Será que é por o rosto agradável e um sorriso tão simples como expressiva que costuma cair simpático?
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Não digo que não. Mas l caso é que até mesmo os opõem – tes lhe reconhecem duende ao tio. Não há dúvida que no momento em que mais – que mostra a tua capacidade gigantesco de reflexos e sua situação de animal político, é, ao responder as pré-guntas que lhe são feitas em ritmo de metralhadora em uma roda de imprensa.
Responde sem cavilar. Tem – lilás com rapidez muito seguro de si —A superior estaria relacionadacon a de meus filhos. —É tarde para escolher. —Em um püeblecito menor de Andaluzia, caloroso e próximo do mar. —A cor que eu prefiro? —O verde, eu acho. —A flor que eu prefiro? —O lírio: —O pássaro que eu prefiro? —A cotovia.—Meus autores preferidos em prosa?
—Muitos; separando-se dos atuais, Cervantes e o Clarín.—Meus poetas preferidos? —Para não fazer listas, Mahler. —Goya e Picasso. —Meus heróis da vida real? É claro. Exibe um vocabulário pre cisos e variado. Tem amplo facili dade de expressão. Não se anda por ramos nem sequer se importa no momento em que a chance o pedir apanhar diretamente pelos chifres. Embora simpático, e o explode, mas não é homem de geniazo.
Agora, peço que da próxima vez que lhe vejam pronun ciar um discurso, são fixadas em um de – talhe que, pra mim, tem o seu interesse e relevância. Felipe González tem umas mãos muito peludas. Pois bem. no momento em que fala se esforça tal ou mais em expressar-se com estas ma – nos —ora uma ora ambas a um tempo— que com argumenta ção cartesiana.
Tem todo um repertório variado e muito expressivo de posições e figuras manuais. Seme jante riqueza gestual chama a atenção, por insólita. É – pafia charneca de oradores. A minha. essa dialética que tanta credibilidade dada às mãos, diz-me que, no subconsciente do líder socialista, há um vontade de clareza pra persuadir.
Isso apresenta uma fé absoluta nas razões que expõe. Daí que tua imagem seja a de um político que pretende bater à base de convencer. —Não os há. Por todo casocreo que São desconhecidos. —Não as tenho. —Meus nomes favoritos?
—Maria e Grimaldo. —O que eu detesto mais do que nada? —A lorota consciente. —O que caracteres históricosdesprecio mais? —Não entendi o sentido da pergunta. —O que fez militar admiromás? —Que enfrenta povos com exércitos de ocupação. Tendo como exemplo. a Guerra da Independência. —Que reforma admiro mais? —A agrária. sempre brinco.
