Nome Brilhantes (e Silenciadas)
“Houve um tempo em que eu acreditava ter talento criativo, contudo eu desisti desta idéia; a mulher não necessita ter o vontade de compor: se não foi possível fazê-lo, Como um magnífico e rigoroso serviço de resgate, em ‘Harmonias suaves cantos’ da professora e biógrafa Anna Beer (Londres, 1964) faz justiça a 8 nome cuja obra vem sendo menosprezada pela história tradicional da música.
Desde a Florença do século XVII até Londres do século XX, Beer mergulhe em cartas, diários, avaliações e partituras para oferecer-nos o retrato de oito mulheres que despertavam receios e medos profundos só pelo episódio de compor. “Teria sido muito acessível representar a existência de toda a cantora como uma disputa inútil.
Porém preferi comemorar suas conquistas, ao invés de lamentar as óperas e sinfonias que não chegaram a publicar”, diz. Francesca Caccini, Barbara Strozzi, Élisabeth Jacquet de la Guerre, Marianna Martins, Fanny Hensel, Clara Schumann, Lili Boulanger e Elizabeth Maconchy. Esses são seus nomes e estas suas histórias. Foi nomeada ‘música’, em 1607, cargo com um salário fixo por mês, o que a torna uma autoridade musical na corte dos Medici em Florença, no término do século XVI. É Francesca Caccini (Florença, 1587-1640) e tem vinte anos.
‘). Um livro dirigido a mulheres. São anos em que a ópera começa a despontar como “um tipo de teatro experimental completamente radical”. Caccini, traz o seu grão de areia com ‘A liberazione di Ruggiero dall’isola d’Alcina’, uma das poucas obras de longa duração (75 minutos) do início da idade moderna, compostas por um único compositor que chegaram integrá-los em nós. Uma obra que foi um triunfo musical e político que encarna o projeto de Medici.
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Uma jovem mal saída da adolescência, posa com uma viola de gamba para o mestre genovês Bernardo Strozzi. Estamos em finais dos anos trinta do século XVII, numa Veneza que se orgulha de sua tolerância e tua sofisticação, com fama de doar as trabalhadoras do sexo mais requintadas pra Europa. Sobre a tela, a garota cheia de exuberância.
Um de seus generosos seios está quase nua. A modelo Barbara Strozzi (Veneza, 1619-Pádua, 1677), ainda não completou os vinte anos, e essa imagem a acompanhará eternamente ligándola ao trinômio intérprete, compositora, atriz e cortesã. Filha de Giulio Strozzi, intelectual, poeta, libertino e o rei dos advogados da ópera veneziana, Barbara, como antes, Francesca e como novas autoras nesse livro, que se tornaria o projeto pessoal de seu progenitor. A ópera encontrou pela Veneza de Strozzi seu fundado lar, porém ela não o cultivou. Dedicou-Se, principalmente, para as cantatas profanas. De acordo com a lenda, o rei Luís XIV foi o primeiro a discernir o seu talento quando atuou em Versalhes, aos 5 anos de idade.
E, desde logo, o Rei Sol ficou teu superior apoiador. Élisabeth Jacquet de la Guerre (Paris, 1665-1729) também nasceu em um local musical que propiciou teu florescimento, a despeito de o codinome de guria prodígio, que acompanhou toda a tua vida atingiu o teu extravagante talento como intérprete e compositora.
O serviço de madame de Montespan, a principal amante do rei, com 15 anos, adentra os meandros de Versalhes, onde a política sexual é essencial. O mundo musical é sob equilíbrio por Jean-Baptiste Lully, um florentino que importa a ópera italiana pra corte francesa. Em 1979, a professora Marcia Citron, uma investigação a respeito de Fanny Hensel (Alemanha 1805-1847), buscou primeiro o Arquivo Mendelssohn da Staatsbibliothek Preußischer Kulturbesitz. Nele não havia nada, em razão de o diretor, Rudolf Elvers, contou tua irritação com “todas essas moças amadoras ao piano para as que gostam de Fanny”. O teu veredicto sobre o assunto Hensel?