Suplemento Cronica 704 – UM HOMEM ENTREGUE ÀS MULHERES
em quatro de novembro de 1936, o ministro da Saúde aceitou o cargo com a seriedade dos tempos de disputa e um rito de desconforto conteúdo. Um anarquista não podia celebrar atravessar ante o pálio do Estado. Nem mesmo tendo sido a primeira mulher com carteira na História de Portugal. Na CNT, não havia membros ou participantes.Eram todos camaradas. E as mulheres continuaram ministros, bem que se chamassem Federica Montseny.
Aquele gesto avinagrado de Montseny contrasta com as arrobas de sorrisos que as recentes ou renomadas ministras de ZP usava quarta-feira em suas beija-mão de estreia. E isto que assim como correm tempos de batalha, de acordo com o lema cunhado pelo presidente para o Gabinete 2.0 de tua segunda legislatura: “Combate total pra instabilidade”.
Uma lenda que ornará o estojo de suas outras ministras, como o Born to kill adornava os capacetes yankees pela luta do Vietnã. José Luis Rodríguez Zapatero voltou a passar a sua Lei do nove. Nove das dezessete carteiras são para mulheres -o presidente é o que consegue o empate entre homens e mulheres-. Igual que no Governo formado em 2004. Mas este, com um peso político muito maior do lado feminino. O maior de um Governo na História de Portugal. Com o zapaterismo chegou a revolução rosa.
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Em seus 5 anos à frente do Executivo, foram dezoito as ministras que tomaram posse (15 mulheres no total, em razão de, Elena Salgado foi ocupado até três poltronas, e Carme Chacón, dois). Mais do que todos os outros presidentes da democracia juntos.
Adolfo Suárez ficou em branco. Leopoldo Calvo-Sotelo abriu a torneira violeta com a nomeação de Solidão Becerril, primeira-ministra posfranquista, como titular de Cultura. Felipe González desoyó as demandas feministas de igualdade e somente coroou 5 mulheres em seus quatrorze anos de poder e Aznar, em duas legislaturas, deu um salto com 11 ministras investidas. “De direito modo, pode-se considerar a Zapatero, o primeiro presidente feminista.
Sapateiro por sentir-se, portanto, a sentença balzaquiana. De “quem entende governar uma mulher sabe governar um Estado” a”, quem domina governar um Estado é uma mulher”. Algo que poderia findar de concretizar-se a curto período se Carme Chacón há boas algumas das quinas e torna-se a sucessora do presidente.